Hoje tornei
à minha ambiguidade. Voltei para junto do meu ser que pensa mais do que quer.
Que não se quer conformar. Não se compadece com os dias e as horas nele
arrumadas em caixas de ovos de cartão canelado, vendidas à dúzia ou meia.
Amanhã já começa outra semana com horas dessas assim que se usam e deitam fora.
Aos serões de Domingo na televisão, uma espécie de hipnose de purpurinas, parece
fazer esquecer o vácuo que fica dos dias que vão passando e não se preenchem
com nada que importe. Durante a semana são as novelas vendidas a metro que magnetizam o ecrã e não deixam ninguem de perto desandar. E assim a semana vai passando e nós vamos indo para ali e para
aqui com a correnteza que já não nos incomodamos de questionar. Vamos indo,
mesmo que às vezes nem sabendo, estejamos a ir de volta para trás.
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