Ando para
trás e para a frente na vertigem do que está para ser. Penso no que seria. Tento
entender que a vida é isto também. Vivo aqui nesta contingência de horas que
medeiam os fins-de-semana. Sacos de tempo insuflados, vazios mas grandes a
flutuar no tempo, ocupando das 9h às 9h numa cadeia sucessiva de tempos,
momentos e sacos, muitos sacos, sem lógica. Uma cacofonia de sacos e tempos que
não consigo entender. Não consigo. Queria ir para conhecer, queria acordar para
ser. Queria estar para ajudar e fazer para poder crescer. Vou crescendo é
certo. Amorfa? Resignada? Triste? Cinzenta? Almejo a ponta do sol que se
desponta por entre as persianas no quarto no início de mais um fim-de-semana.
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