domingo, 6 de setembro de 2015

Santiago

Fomos, desaparecidos. Fugidos
Para uma paragem de luz e de ternura
Para um destino de paz e serenidade
Lá não havia dor,
Não havia tristeza
Não havia angústia
Nem desassossego…
Só sorrisos doces de sol
Olhares lânguidos de esperança
Preces e rebuçados.

Mas de volta.
De volta, tivemos de vir,
Abruptamente.
Sentir tudo novamente
E pior.
Relembrar o desassossego,
Agora mais amargo ainda
O suspiro que não cessa dentro do estômago
Aqui voltámos, com as mãos vazias
Sem esperança e com saudade.

Hoje já te consigo contar
Hoje já te consigo raciocinar
Hoje já te consigo sentir o doce cheiro de amor,
Que tinha perdido a caminho de cá,

A caminho do lugar seguro.

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